Financiamento: penalizar os poluidores
Financiamento verde. Um termo que começa a entrar o léxico dos gestores e que vai alterar, por completo, não só o financiamento de novos projetos, mas, também, a forma como as empresas encararão, no futuro, o seu desenvolvimento. Mas em que consiste exatamente e que mudanças traz nas operações quotidianas de uma organização. A explicação, segundo Sofia Santos, Sustainability Champion in Chief da Systemic, é simples. O financiamento verde consiste em incluir na análise de risco dos projetos que se estão a avaliar, quer para um empréstimo, quer para um investimento, quer para um subsídio, os riscos ambientais, sociais e de governação. Ou seja, a partir de agora - sim, porque esta é uma medida que acompanha a estratégia definida pela Comissão Europeia de descarbonizar a Europa até 2050 - qualquer projeto terá de avaliar o seu impacto no meio ambiente e na sociedade em geral. E esse impacto é contabilizado na análise de risco. "Um projeto com maiores impactes ambientais, aumenta o seu nível de risco, uma vez que hoje já existem uma série de critérios, exigências e regulamentos que induzem à valorização de projetos mais verdes e à desvalorização de projetos mais poluidores", explica Sofia Santos.
"Um projeto com maiores impactes ambientais, aumenta o seu nível de risco"
- Sofia Santos, Sustainability Champion in Chief da Systemic